sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Cartas de Coimbra XXXI


''Sou feita de material diferente do teu e já não me importo. (...) Fui ao fim do espaço e voltei. Deixei-te para trás, carregando-te comigo todos os dias nos sítios que mais doem. É assim todos os dias. O viver sem ti, sem que de facto te vás embora. Estás em todo lado. Nas minhas manhãs e nas minhas noites. O teu cheiro finalmente saiu mas ficou o teu tacto. O teu vazio. O teu medo. Há muito tempo que não importo e leio sozinha estas cartas. Um dia hei-de escrever a última e isso consola-me. Fui capaz de coisas do tamanho do mundo, mas isso não chegou. Fui capaz de coisas que ultrapassaram os teus sonhos, mas talvez nunca te apercebas disso. (...) Tento sentir as pessoas o mais que posso. Devo-te isso. Deves-me também tu a mim.''

(Estas palavras são apenas um excerto de um lindo texto que pode ler-se completo aqui, obrigada Beatriz)

3 comentários:

  1. Bonito texto, bonita carta.

    Lembra-me um pouco, embora em sentido inverso, o "TUDO O QUE TE SOBREVIVE ME AGRIDE." no 'Morreste-me' do José Luís Peixoto.



    Jinhos.

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  2. jj,

    não conheço mas vou ler, obrigada :) boa dica :)

    Um beijinho

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  3. Maria obrigada pelas tuas sugestões! Conheço todas essas musicas e se tivesse de escolher uma não saberia qual. beijinhos

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